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Compulsão alimentar: o que é?

É muito comum as pessoas falarem sobre dietas, perda de peso, entre outras coisas relacionadas a esse tópico. Porém, pouco se fala nos distúrbios alimentares que as pessoas podem desenvolver com o passar do tempo e a compulsão alimentar é uma delas.  

Esse distúrbio é caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos, principalmente quando a pessoa nem está com fome ou necessidade de comer algo. A pessoa perde o controle sobre a própria alimentação e normalmente isso vem acarretado de alguns transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão.


Sintomas


É natural que, às vezes, as pessoas comam mais que o necessário, porém isso vira uma compulsão alimentar quando acontece com recorrência e a pessoa perde totalmente o controle sobre a própria alimentação, sendo dependente da comida. Alguns sinais que devem ser observados são:

 

  • Comer mais rápido do que o normal;
  • Comer mesmo quando não está com fome;
  • Continuar comendo mesmo quando já está saciado e/ou após ter ingerido quantidades maiores que o necessário;
  • Comer sozinha ou escondida das outras pessoas;
  • Passar a ficar mais introvertida;
  • Pode apresentar problemas afetivos e vícios;
  • Sente-se triste ou culpada por comer demais.

Importante ressaltar que, além desses sintomas, a pessoa com compulsão alimentar pode desenvolver:

 

  • Obesidade (causa de 75% dos casos);
  • Cálculo renal;
  • Diminuição da capacidade respiratória; 
  • Apnéia do sono;
  • Doenças como a diabetes tipo 2, hipertensão e níveis de colesterol alto;
  • Gastrite; 
  • Infertilidade;
  • Insuficiência cardíaca e problemas vasculares;
  • Outros distúrbios alimentares, como a bulimia ou anorexia;
  • Transtornos psicológicos como depressão e o transtorno obsessivo compulsivo.

Tratamento


Nesse caso, o tratamento deve ser multidisciplinar. A pessoa precisa receber acompanhamento médico, psicológico, nutricional e em muitos casos medicamentoso, quando transtornos psicológicos estão envolvidos. O psiquiatra deve orientar e ser o responsável por prescrever o remédio para o controle de ansiedade e/ou depressão, por exemplo.


Porém, o tratamento não deve se resumir ao uso de medicação. É importante que o paciente trabalhe sua mente, trabalhando junto com o psicólogo para compreender os gatilhos da ansiedade e estabelecer estratégias de controle. Acompanhamento nutricional também é extremamente importante para a pessoa estabelecer um novo relacionamento com os alimentos e consigo mesmo.


A prática de exercícios físicos e atividades relacionadas à atenção, como meditação e yoga, também é uma ótima ideia. Além de manterem o corpo saudável, também ajudam na produção de endorfina e no controle da ansiedade.


Prevenção


É possível sim prevenir a compulsão alimentar com a ajuda de algumas estratégias, como:

 

  • Manter um horário fixo para realizar as refeições (ajudará a comer a quantidade apropriada para a refeição);
  • Alimentar-se a cada três horas (ajudará a pessoa não ficar muito tempo sem comer e, consequentemente, com muita fome);
  • Mastigue mais vezes e mais lentamente (ajudará a manter a calma e a diminuir a ansiedade enquanto come);
  • Manter uma dieta equilibrada aliada a condições saudáveis de sono e exercícios físicos.

Fique sempre atento aos sinais que o seu corpo dá e procure ajuda, não deixe a sua saúde para último plano! Ajude também as pessoas que você ama, a compulsão é coisa séria e precisa ser tratada de forma responsável.


Até a próxima!


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